6 de maio de 2010

nó na garganta

ocorre-me: língua de vaca. incrivelmente exposta como o mais bonito candeeiro, feira acima, feira abaixo. as papilas gigantes do músculo ao ar e sem função. língua de vaca. o meu pescoço feito erva daninha, corpo abaixo da terra e cabeça oca. então a língua aproxima-se e enrola-se, enche-me de baba, arrasta-me para o interior da boca onde as enzimas não existem e tudo se destrói pelo vómito. língua de vaca, tromba de elefante, a força dos teus pulsos, anaconda gigante.

Sem comentários:

Enviar um comentário