ada repetia a todos, àqueles que queriam e não queriam saber, que gostava dele. e argumentava que gostava dele mais do que alguém havia gostado de alguém, até à data. depois repensava e dizia que talvez a sua bisavó tivesse gostado do seu bisavô de modo igual, mas o gostar dela era especial, até porque ela gostava igual e não existiam ainda sinais de que fosse morrer por amor.
ada raramente se sentia feliz, mas quando adormecia nos braços dele, dizia, não havia quem lhe derrubasse a alegria. era claramente mentira, mas ela espetava a faca na barriga sempre com a mesma intensidade: com tanta vontade de amar como de desaparecer.
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