12 de abril de 2007

reinvenção do medo

poderia escolher um qualquer sítio para me perder, penso. não é fácil ficar longe do estrépito da primavera atrasada, da revolução dos astros, da ávida explosão de cor no crescente das horas. recosto-me à parede paralisada, paraliso; adivinho dias que conto iguais e ainda assim, sossego. sinto os ossos estalar, vidro, sons frágeis na quietude da divisão vazia: só o eco aumentado do receio.

deixo-me ficar para o dia seguinte.

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